Pior que a proibição de tomar banho na Ilha é o fato da Capitania dos Portos enviar para a área fuzileiros fortemente armados que intimidam quem se aproxima.
Quem atravessa a Baía de São Marcos por Ferry Boat – da ponta da espera até o Terminal do Cujupe – já deve ter percebido uma pequena Ilha que fica do lado direto logo quando sai de São Luís. É a Ilha do Medo, local público de uso comum frequentada há décadas por navegadores e catamarãs, em sua maioria, que saem da Península onde ficam inúmeros catamarãs atracados.
Há um mês, por ordem da Capitania dos Portos do Maranhão, não é mais permitido embarcações ancorarem na praia.
O motivo ainda é desconhecido, visto que, conforme apuração do Blog do Domingos Costa, a Ilha não é área de treinamento militar, também não é de segurança nacional e não existe nenhum decreto e/ou documento público determinando a proibição para atracar no local.
Pior que a proibição de tomar banho na Ilha é o fato da Capitania dos Portos enviar para a área fuzileiros fortemente armados que intimidam quem se aproxima.
Essa semana, por exemplo, os fuzileiros chegaram a bater em uma embarcação expulsando um catamarã do local.
– Vídeo flagra a ação
O Blog do DC recebeu um vídeo (assista acima) no qual mostra a atuação intimidadora: Em pequeno bote, os fuzileiros usam grosso armamento e se aproximam de um catamarã nas proximidades da Ilha.
Pelo vídeo é possível perceber a irresponsabilidade mesclada a mal exemplo dos fuzileiros que navegam sem qualquer segurança náutica no “Canal Boqueirão” – considerado uma área extremamente perigosa devido as fortes correntezas em meio a Baía de São Marcos.
Nas imagens, observa-se que bote da Marinha a lotação não deve superar quatro ocupantes, portanto, coloca em risco as vidas dos próprios fuzileiros em situação que mácula a imagem das Forças Armadas e dos que devem primar, e de forma educativa e da segurança de navegação.
– Violência em alto mar
Na Ilha do Medo, moram seis famílias de pescadores e nem assim a área civil é respeitada.
A Capitania está abordando qualquer tipo de embarcação para não encostar na Ilha e praticando uma violência descomunal em alto mar.
Em outro caso, munidos de metralhadoras, os homens da Capitania dos Portos se aproximaram de um catamarã e pedem para o rapaz parar a embarcação no meio do canal onde as correntezas são muito fortes, colocando a vida de todos em risco.
É preciso a Capitania dos Portos explicar o motivo que a levou impedir navegadores de chegarem na Ilha e, ainda, explicar aos seus fuzileiros que segurança é educar e não reprimir.
Com a palavra o Senhor Capitão dos Portos…
Por Domingos Costa