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Todo mundo já sabe, mas nunca é demais lembrar: coerência não é o forte do governo Flávio Dino (PSB).

Na terça-feira, 22, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, criticou nas redes sociais a compra, pelo governo Bolsonaro, de vacinas da indiana Covaxin, por preço quase 1.000% maior que o de mercado, segundo a imprensa brasileira.

“Gravíssimo”, disse ele, ao cobrar a necessidade de esclarecimentos sobre o negócio.

Está certo o titular da SES. Se há suspeita de corrupção/superfaturamento, há mesmo que se apurar responsabilidades e apresentar esclarecimentos à população.

O problema aí é a incoerência.

O mesmo Carlos Lula que pede esclarecimentos sobre a vultosa compra federal, não parece lá muito interessado em esclarecer os R$ 4,9 milhões pagos pelo Governo do Maranhão por 30 respiradores, via Consórcio Nordeste.

Cada aparelho custou R$ R$ 164.917,86, preço bem acima que a média de equipamentos iguais negociados em meio à pandemia (leia mais).

O suposto superfaturamento foi apontado em auditoria do TCE-MA. Mas, em vez de esclarecer o caso, Carlos Lula preferiu protocolar na Corte de Contas um pedido de suspeição da auditora que levantou a hipótese (saiba mais).

Quanta diferença, não?

Por Gilberto Léda 

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