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A Convenção Republicana, que terminou nesta quinta-feira (27), coincidiu com uma nova explosão de protestos nos Estados Unidos por conta de mais uma abordagem policial a um homem negro que terminou de forma trágica.

Na última semana, a polícia de Kenosha, no estado de Wisconsin, atirou contra Jacob Blake. O homem está internado e, até o momento, sem o movimento na parte inferior do corpo. 

A campanha de Donald Trump procura qualificá-lo como o presidente da "lei e da ordem" e associar Joe Biden e os democratas ao caos e à esquerda radical. 

Para analisar a disputa presidencial nos EUA, o analista de internacional da CNN Lourival Sant'Anna entrevista Clifford Young, presidente da Ipsos, empresa de opinião e análise de mercado, em Washington. 
Destaques da edição

A Ipsos publicou recentemente uma pesquisa que mostra que as convençõs não tiveram muito impacto sobre a intenção de voto. Enquanto nas eleições passadas, tanto Hillary Clinton quanto Donald Trump ganharam pontos após os eventos, ambos os candidatos deste ano continuam estacionados nas pesquisas.

Para Young, a polarização da sociedade é o motivo. "A sociedade dividida faz com que não haja tanto impacto das convenções quanto no passado", disse. "Quase a população inteira já decidiu [seu voto]. Essa é a realidade nos Estados Unidos". 

O especialista disse que não há muitos eleitores indecisos e que o desafio enfrentado pelos candidatos é convencer a sua base a comparecer às urnas. "Essa eleição será decidida por quem vota", afirmou.
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