Servidora do Fundo Municipal de Saúde, Silvia Giselle Soares Pinto, era o elo que ligava o secretário de Saúde, Lula Fylho e empresas de fachada no esquema da compra de máscaras superfaturadas.
A informação consta no relatório da Operação Cobiça Fatal, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (9), em São Luís, que desarticulou um esquema de superfaturamento na compra de máscaras na gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Silvia Gisele é companheira de Sormane Silva Santana, com quem tem um filho, e era a única funcionária declarada pela Precision Soluções Diagnósticos, alvo da PF por ser usada para desviar recursos públicos.
Segundo investigação da Polícia Federal, a servidora da Prefeitura de São Luís também teria sido empregada pelo Instituto Bem Viver e pela empresa Cobra Centro Oncológico, ambos alvos da Operação Sermão aos Peixes.
Em outro trecho do documento, a Autoridade Policial detalha algumas atitudes suspeitas ligadas a Gisele.
De acordo com o relatório, a sede da Precision é próxima da casa da servidora. Além disso, foi notado um fluxo incomum de veículos estacionados na frente da residência. No dia 14 de maio de 2020, a PF montou campana para identificar pessoas que entravam e saiam do local.
E uma dessas foi identificada como Sormane Silva Santana. Ele saiu da casa de Giselle e foi até a sede da empresa, ficando apenas alguns minutos lá.
Giselle foi um dos alvos de buscas da Operação Cobiça Fatal e teve bens bloqueados, bem como o sigilo bancário e fiscal levantado.
A Precision Soluções Diagnósticos está em nome de Terezinha de Jesus Neves Bottentuit e Lúcia Maria Chuairy Cunha, mas é de propriedade de Sormane Silva Santana e sócio oculto Alexandre Chuairy Cunha.
Os três são investigados por superfaturarem R$ 2,3 milhões a compra de 320 mil máscaras feita pela gestão de Edivaldo Holanda Júnior.
Com informações Neto Ferreira